Referente a este capítulo, começo por dizer que concordo logo com a primeira frase: "Os pais não são os únicos a estarem nervosos com a aurora do mundo digital.", isto porque com o avanço que as novas tecnologias estão a tomar, podem causar grandes mudanças.
Papert refere a existência de dois pólos diferentes de posição: os ciberutópicos e os cibercríticos, ambos preocupam-se com as novas tecnologias, mas apresentam ideias diferentes, tais como os ciberutópicos "louvam os milagres da era digital" os cibercríticos "avisam-nos dos terríveis perigos". Ele não adere a nenhuma destas perspectivas, porque diz que ambas estão erradas.
Na verdade, cada vez mais os computadores fazem parte do nosso quotidiano, no entanto não tem só vantagens. Relativamente à aprendizagem, penso que têm um papel importante na exploração do mundo, assim como os métodos tradicionais não devem ser de todo ignorados, pois, por vezes, o computador gera uma certa dependência no ser humano e provoca alterações ao nível das relações entre os indivíduos.
Acho que muitos de nós somos ciberutópicos, porque tudo o que pretendemos fazer quer a nível de trabalhos, pesquisas, fazemos através do computador, mais propriamente da Internet, que já faz parte do nosso mundo.
Papert refere também o nome de avestruzes, que aplica aos educadores que ficam entusiasmados com a ideia dos computadores poderem vir a melhorar aquilo que eles fazem na escola, contudo, quando chega a hora de agirem enterram a cabeça na areia, para não compreenderem que essa tecnologia fará com que inevitavelmente ocorram grandes mudanças e um consequente aperfeiçoamento. Os ciberavestruzes são aqueles que planificam a política educativa, e que estão decididos a utilizar o computador. infelizmente, só conseguem imaginar a utilização do computador no contexto que conhecem, ou seja, os alunos tem de seguir um currículo predeterminado que é planificado ano a ano, o que faz com que apesar de terem a noção da importância da educação para a aprendizagem não consigam adequar o currículo as necessidades existentes.
O autor neste segundo Capítulo alerta para um novo conceito - Fluência Tecnológica. De acordo com Papert, consiste numa numa colecção de capacidades computacionais, muito diferentes do que se encontra num currículo tradicional de literacia computacional (conhecimento superficial sobre as componentes do computador e programas utilizados). O que acontece frequentemente, é os filhos espantarem os pais com a sua fluência tecnológica. Isto acontece, porque a reacção que os filhos têm a algo que não se sabe como funciona é diferente da dos pais. Isto acontece porque a reacção comum dos pais ao depararem-se com algo embaraçoso, algum problema, correm a pedir ajuda, pois tem medo de tentar, enquanto os seus filhos carregaram em algumas teclas de forma a resolver o problema. Reflecte-se assim, a inexistência de receio de experimentar nas crianças, permitindo-lhes ter um maior à vontade perante as várias situações. Por outro lado, os pais como têm medo de arriscar acabam por ficar inibidos à exploração que certamente levaria à resposta correcta. Em suma, a fluência tecnológica só se adquire através do manuseamento de vários tipos de programas, desenvolvendo assim um modo de aprendizagem: Aprendizagem por tentativas.
Por fim, a frustração, que é um tema extremamente pertinente. Acho que todos nós, se passarmos muito tempo ao computador, temos vontade de o partir em pedaços quando a pesquisa na Internet, por exemplo, insiste em ser bastante demorada.
Palavras Chave:
- Ciberutópicos
- Cibercríticos
- Ciberavestruzes
- Culturas
- Literacia
- Fluência
- Tecnologias Transparentes
- Tecnologias Opacas
- Frustração